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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Meu pai fala cada m*rda , de Justin Halpern


Estou lendo um livro muito legal. É uma comédia que fala sobre a relação Pai/Filho de uma maneira divertida e gostosa de se ler :

Meu pai fala cada m*rda , de Justin Halpern - Editora: Sextante

 


A lembrança que Justin Halpern tinha do pai na infância era de um homem mal-humorado, direto e desbocado, beirando a grossura. Depois de ser dispensado pela namorada, aos 28 anos, ele se vê novamente diante de seu pai, Sam Halpern, quando volta a morar com ele. Já adulto, ele passa a admirar a franqueza e insanidade que caracteriza os comentários e a personalidade de Sam, que considera "sábio como Sócrates e até mesmo profético". Para registrar a sabedoria contida nas tiradas do pai, Justin cria uma página no Twitter para reunir suas frases malucas. Em pouco tempo, os devaneios filosóficos do médico aposentado conquistam mais de um milhão de seguidores. O fenômeno da internet dá origem ao livro “Meu pai fala cada m*rda”, retrato profundo da relação pai e filho e que aborda os grandes temas da vida: medo, amigos, estudo, namoro, esporte e família.
O seriado My Dad Says, baseado no livro é exibido na Warner . Boas risadas!

Num trecho do livro, é engraçado a situação onde um cachorro entra em cena, confiram:
Momento em que o autor chega com um cão na casa dos pais :
"...- Podemos tomar conta dele.
- Sam! - exclamou minha mãe, tão surpresa quanto eu.
- É um cachorro. Justin não engravidou uma garota e entrou aqui com um bebê.
- É, não fiz isso - falei entre risos.
- Sorte sua - retrucou meu pai, sem um pingo de humor na voz.
Ele levou Angus para fora, coçou a barriga do cachorro e o pôs no chão.
- Esta é a sua nova casa. Faça coco e xixi onde quiser - conversou com o animal.
Tive a mesma sensação de quando, aos 21 anos, fui jogar em LA e ganhei 00 dolares no primeiro caça-níqueis : não entendi direito o que havia acontecido, mas estava convencido de que deveria dar o fora antes que minha sorte mudasse.
-Bem, é melhor eu ir embora. Tenho trabalho amanhã e a estrada é longa...-disse e fui saindo apressado, entrei no carro e voltei para L.A.
A cada dois meses eu ia à casa dos meus pais e Angus estava sempre maior. Oito meses depois, ele pesava cinquenta e cinco quilos. Pareceia um Scooby-Doo que tinha tomado esteróides.
-Pai, ele está tão...forte. O que você está dando para ele comer?-perguntei durante uma visita mais ou menos na época do primeiro aniversário de Angus.
-De manhã, ele come 250 gramas de carne moída, 250 gramas de batatas e dois ovos que misturo ecozinho usando sal com alho.
-Sal com alho? Acha que ele não comeria se você não temperasse?
-Escute, o cachorro gosta de sal e alho, então dou a ele o maldito sal e alho.
-Ele está ingerindo algo como 3 mil calorias por dia?
-Provavelmente mais, já que ele come a mesma coisa à noite também.
-Pelo amor de Deus, pai! É por isso que ele parece um lutador de vale-tudo.
Isso não da muito trabalho? Quer dizer, você é o cozinheiro pessoal dele.
Fui atrás do meu pai enquanto ele saia de casa carregando uma tigela de comida que tinha acabado de ser preparada para Angus. Assim que farejou a comida, Angus começou a pular e pôs as patas no peito do meu pai como se ele fosse um amante desaparecido a muito tempo.
-Tá bom, tá bom, calminha, seu maluco- disse meu pai- é, dá muito trabalho- acrescentou virando-se para mim, -mas ele é meu amigo.
Eu não conseguia acreditar no que acabara de ouvir. Meu pai estava se tornando sentimental na velhice?
-Pare de fazer cara de idiota. Não estou maluco. Eles são chamados de ''os melhores amigos do homem'' não fui eu que inventei isso.
Eu disse que ficava feliz por Angus ter se tornado seu amigo.
-Sabe, nunca fui chegado a cachorros antes disso. Quer dizer, Brownie era ótimo mas ele era do seu irmão. Acho que, com todos vocês fora de casa e sua mãe trabalhando o tempo todo, é bom ter por perto alguém que depende de mim. E que destrói meu maldito roseiral- disse, virando-se e apontando para a terra revirada que um dia havia abrigado lindas rosas vermelhas.- Ele é igual a você: um pé no saco, mas eu o amo. E c*g* por toda parte. Isso é o que ele tem de mais parecido com você- acrescentou meu pai com um sorriso malicioso.''

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